Medição: um guia completo para você com tudo o que você precisa saber sobre ela

Medição: um guia completo para você com tudo o que você precisa saber sobre ela

Se você trabalha na indústria, sabe que a medição é um processo essencial para garantir processos de qualidade, com maior eficiência e, claro, bons resultados! Pensando nisso, preparamos este artigo completo sobre tudo o que você precisa saber sobre medição. 

O que é medição?

A medição, conhecida também como mensuração, é um processo no qual a medida de um objeto ou instrumento é comparado com a medida de algum outro com a mesma equivalência. 

Segundo o VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia, a medição é um processo de obtenção experimental de um ou mais valores que podem ser, de certa forma, atribuído a uma grandeza. 

Para que os resultados sejam bem assertivos, são utilizados diversos padrões, valores numéricos e dimensões durante o processo de medição. Em um olhar mais técnico, quando falamos em medição, espera-se que ela seja: 

  • Exata, ou seja, com valores bem aproximados do valor verdadeiro;
  • Repetitiva, isso significa, que deve possuir pouca ou nenhuma diferença entre outros processos de medição realizados sob condições semelhantes; 
  • Reprodutiva, seguindo os mesmos princípios do tópico anterior. 

Além disso, todo e qualquer ato de medir deve ser avaliado em escala, dimensão e incerteza. Importante ressaltar também que são inúmeras as condições que podem influenciar o processo e, consequentemente, o resultado. 

Quais as principais formas de medição?

Existem, atualmente, duas formas principais de medição. A direta e a indireta. Cada uma delas possui suas particularidades. Confira abaixo: 

  • Medição direta: é quando os resultados são obtidos diretamente dos dados-base. Ou seja, o valor da grandeza é buscado através de comparações diretas com outros padrões ou instrumentos de medida, seguindo unidades específicas. Neste caso, podemos citar como exemplo o comprimento de uma régua, temperatura encontrada em termômetros ou, até mesmo, a pressão obtida por um manômetro.
  • Medição indireta: nesse tipo de medição, os resultados são obtidos por meio de medições diretas de outras grandezas, sendo estas ligadas por dependência. Seu uso só é recomendado quando é bem difícil medir de forma direta a grandeza, ou quando ela oferece resultados mais precisos.

Existe também a medição reproduzível. Nela, os resultados obtidos sempre serão os mesmos, considerando as mesmas variáveis e instrumentos utilizados. 

Como funciona o processo de medição

Basicamente, o processo de medição funciona da seguinte maneira: é escolhido um padrão e, ao mesmo tempo, é comparado com um objeto ou equivalente, que possua a mesma magnitude. 

Com isso, é calculado, inúmeras vezes, o padrão da magnitude, até que o valor apresentado seja o esperado. 

O processo de medição, é composto de diferentes etapas, envolvendo diversos agentes que influenciam nos resultados como o método utilizado, a amostragem, as condições ambientais, os trabalhadores e claro, os instrumentos e padrões. 

São esses aspectos os responsáveis por oferecerem medições e resultados precisos e confiáveis. 

Quais são os padrões de medição?

Existem diferentes tipos de padrões utilizados nas medições. Eles são classificados de acordo com a sua função e forma de aplicação, dos quais podemos destacar:

  • Nacional e internacional;
  • Primário e secundário;

Os padrões internacionais são aqueles que seguem as especificações de referência internacional. Neles são apresentadas diferentes unidades de medida e utilizadas diferentes técnicas avançadas de medição para chegar ao resultado final com a máxima precisão. 

Eles são definidos de forma que seja possível reproduzir um grau considerável de exatidão. Em cada unidade identificada, existe um padrão primário. Por exemplo, se estivermos falando da medição de massa, o padrão será o bloco cilíndrico de PT-Ir. Com isso, as massas que foram similares podem ser comparadas com padrão, apresentando uma precisão de 10–8.

Já as outras quantidades de medida são definidas por meio dos padrões primários reprodutivos. Eles são aqueles que podem ser determinados, quando necessário, no local de medição. 

Uma particularidade deste padrão é que ele fica armazenado. Dessa forma, só por ser utilizado por profissionais técnicos e capacitados, em laboratórios específicos. 

Os padrões nacionais, são aqueles que indicam altos níveis de confiança. No Brasil, o responsável pelas determinações e legalização é o Inmetro. É o órgão que credencia os laboratórios que servem como referência das calibrações secundárias, pertencentes a Rede Brasileira de Calibração e Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio

A principal função de um padrão primário é a calibrar e verificar os padrões secundários. Para isso, são utilizados dispositivos que apresentam as quantidades essenciais e, também, derivadas que podem ser calibradas de forma independente, por meio de medições absolutas. 

Com isso, os padrões primários conseguem realizar a calibração, chegando a resultados precisos, além de certificar periodicamente os padrões que devem ser feitos de maneira secundária. 

E assim como os padrões internacionais, os padrões primários estão disponíveis apenas para profissionais técnicos. Importante ressaltar que todos os padrões devem conter certificados, emitidos ao final do processo. 

O documento deve apresentar a data do serviço de calibração, as condições do ambiente, a precisão e a rastreabilidade. 

Os principais erros de medição 

Em alguns casos, os resultados obtidos no processo de medição podem não ser exatos. Isso acontece por dois motivos principais. 

O primeiro diz respeito aos erros sistemáticos. Eles acontecem sempre que a medição é realizada por conta de uma falha no instrumento utilizado, ou erro no método escolhido. É um tipo de erro relacionado a leis físicas, onde suas causas podem ser facilmente identificadas e corrigidas. 

O segundo, está relacionado com os aspectos dos quais não temos controle. Neste caso, são problemas ligados ao ambiente em que a medição será realizada. Por isso, não podem ser eliminados, afinal, não estão atribuídos a nenhuma lei física. 

Medição e monitoramento: quais as diferenças entre eles

Na ISO 9001:2017, em vários momentos é descrito sobre a medição e o monitoramento. Mas, você sabe qual a importância destes dois processos e principalmente, a diferença entre eles?

Como você já viu, a medição nada mais é do que a comparação entre uma grandeza e outra. Sendo que as duas possuem a mesma natureza e características físicas, com o objetivo de determinar e chegar aos valores de cada uma. 

Já o monitoramento é definido como um acompanhamento contínuo de um processo que tem como base valores já pré-estabelecidos. Segundo a ISO, ele é descrito como a determinação da situação, seja de um processo, atividade, serviço, produto ou sistema. 

Quando utilizadas em conjunto, os dois contribuem para a melhoria contínua e constante nos processos, tanto industriais quanto empresariais. São considerados elementos indispensáveis para a gestão de qualidade. 

A importância da medição nos processos

Poucas pessoas sabem, mas a busca constante por qualidade e desempenho, tanto para produtos quanto para serviços, está diretamente relacionada com a medição. Afinal, é esse processo que ajuda a chegar aos resultados mais assertivos. 

Desde o recebimento de insumos e matéria-prima, passando pela inspeção de qualidade, até o desenvolvimento e entrega de produtos, tudo está relacionado com a medição. Por isso, quanto mais atenção for dada a esse processo, melhores serão os resultados. 

Quando a medição não apresenta dados confiáveis, é bem provável que surjam diversos problemas, não só nas etapas de produção, mas também, na tomada de decisão. Isso acaba prejudicando a qualidade nas entregas e satisfação dos clientes. 

Sendo assim, podemos dizer que a medição influencia diretamente os níveis de qualidade necessários para aumentar a confiabilidade. Não esqueça que todo o processo envolve diversas técnicas e métodos, só assim, é possível garantir a performance buscada.

Conheça os instrumentos de medição e suas categorias

Como você já deve saber, existem alguns instrumentos de medição que contribuem para que as medições sejam ainda mais precisas. Confira abaixo as principais categorias e alguns exemplos: 

  • Peso: utiliza a escala, o equilíbrio, o dinamômetro e o barômetro nos processos de medição;
  • Comprimento: pode ser medido com régua, fita métrica, compasso de calibre e EDM;
  • Temperatura: conta com termômetros, pirômetros e termo-higrógrafo na medição;
  • Elétrica: são utilizados instrumentos como amperímetro, multímetro ou galvanômetro.

Dicas para uma medição confiável e precisa

Agora que você já sabe tudo o que precisa sobre a medição, que tal aproveitar nossas dicas para garantir melhores resultados em seus processos? Confira!

  1. Use os instrumentos adequados conforme o tipo de medição, lembre-se de certificar que eles estão em boas condições de uso.  
  2. Evite erros. Isso vale tanto para o que pode acontecer no ambiente, quanto para o manuseio do instrumento de medição.
  3. Repita o processo de medição sempre que necessário, calculando a média de resultados apresentados em cada uma.
  4. Não esqueça da incerteza de medição. É importante considerar os intervalos dos valores. 

A finalidade dos instrumentos de medição e controle é fornecer resultados confiáveis para que seus processos sejam os mais assertivos possíveis. Contribuindo significativamente para a aumentar e garantir a qualidade. 

Na Socintec você encontra não só instrumentos de medição para facilitar sua rotina, mas também, laboratórios completos e certificados de calibração. 

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